quarta-feira, 4 de julho de 2012

- balance



"Somos o avesso um do outro. Quando duvidas, paras, e eu sigo em frente. Quando tens medo, eu tenho vontade; quando sonhas, eu pego nos teus sonhos e torno-os realidade, quando te entristeces, fechas-te numa concha e eu choro para o mundo; quando não sabes o que queres, esperas e eu escolho; quando alguém te empurra, tu foges e eu deixo-me ir.
Somos o avesso um do outro: iguais por fora, o contrário por dentro. Tu proteges-me, acalmas-me, ouves-me e ajudas-me a parar. Eu puxo por ti, sacudo-te e ajudo-te a avançar. Como duas metades teimosas, vivemos de costas voltadas um para o outro, eu sempre à espera que tu te vires e me abraces, e tu sempre à espera que a vida te traga um sinal, te aponte um caminho e escolha por ti o que não és capaz."
MRP

E foi exactamente assim que encontramos o equilíbrio. 

domingo, 24 de junho de 2012

- São João




Nunca tive tantas saudades de casa como quando voltei.
É tão meu este Porto. 

segunda-feira, 18 de junho de 2012

- motivation where have you gone?




Há sempre uma fase da vida em que paramos, ou pelo menos abrandamos, para pensar no que foi feito, no que foi conseguido e como será a partir daí. Eu acho que estou nessa fase há 3 anos. Numa retrospectiva maluca que não me deixa avançar, ou pelo menos não ao ritmo que eu gostava.  
Sempre estabeleci objectivos firmemente e sempre me mantive fiel a eles. Mas com o passar do tempo esses objectivos deixaram de ser lineares e apesar de conseguir imaginar o meu futuro como gostava que fosse, e como quero lutar para que seja, não consigo imaginar o caminho que tenho que percorrer até lá.
Talvez porque nunca foi tão difícil… Talvez por nunca ter tido de lutar tanto como nestes últimos anos. O facto é que não sei onde deixei a minha motivação.
Dou por mim a olhar para trás e a pensar que apesar de tudo o que alcancei nada do que eu fiz foi o que eu gostava de ter feito, de repente o meu melhor não é mais suficiente e a minha vontade não chega para pôr “mãos à obra”.
Sobra-me a impotência de não ser mais quem um dia achei que poderia vir a ser, a fragilidade de tudo o que falhei e a quem falhei, e a consciência de que continua tudo a depender só e unicamente de mim.
O que é que se faz quando não se consegue fazer mais nada mas ainda há tanto que não foi feito?

"When you try your best but you don't succeed..."

sábado, 16 de junho de 2012

- silêncio quebrado



Estou exausta das histórias que não escrevo. Estou cansada dos contos que formo apenas para mim.  
Foi um erro de facto achar que podia ser eu sem ser  isto mesmo. Hipergráfica.
Para quê recordar velhas passagens ou escritas de outros?
Senão foi a memória, alguma parte perdida de mim devo ter recuperado hoje. Lembrei-me que apesar da vida, do tempo, das tragédias e da crise, ainda tenho palavras, e essas por muito que se usem, quase nunca se gastam.